Fadiga ao final de uma maratona

Começou forte e quebrou? – Dicas para melhorar seu pacing

Quando o campeão Olimpico de Triathlon Alistair Brownlee correu uma prova de 10.000m em um metting de atletismo em 2013 ele tuitou a seguinte frase: “Descobri que 68s parecem fácil nos 3km, e 69s parecem difífeis nos 8km. Mal posso esperar por outra tentativa”.

O atleta falava de seu pacing da volta de 400m na pista, dizendo que  o pacing de 68s por volta parecia fácil no inicio, mas que 69s estava difícil, já no final da prova.  Apesar do atleta ter corrida a distância em 28:32 (na pista), se tivesse completado o pacing de maneira correta, poderia ter corrida ainda mais rápido. Incrível, não?

Esse fenômeno, de sentir o exercício cada vez mais difícil, mesmo num esforço aparentemente controlado, segundo o site Swim Smooth, chama de ” crescendo gradual” (fazendo a referência ao crescendo da notação musical).

Isso acontece na maioria dos esportes. Aproximadamente 80% dos recordes mundiais são quebrados dessa forma, ou com um pacing constante ou com uma passagem ligeiramente negativa. No entanto, a maioria dos atletas amadores, fazem suas provas de um jeito completamente diferente.

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Imagine você durante um esforço qualquer (uma corrida de 5km ou um tiro forte de 1500m na natação), se você conseguisse manter o ritmo constante durante todo o exercício, a sensação do esforço vai aumentar ao longo do tempo. No primeiro quarto, a intensidade vai parecer fácil, e de fato você conseguiria ir um pouco mais rápido. Na metade, você começará a sentir o cansaço bater e perceber que você está fazendo mais força para manter o mesmo esforço. Já mais para o final, você estará se esforçando quase no seu máximo para conseguir manter o esforço. E isso é que é o crescendo gradual.

Então, é importante lembrar-se que a mesma velocidade, parece mais difícil com o passar do tempo, por isso num esforço máximo como um tiro ou uma competição, começar um pouco aquém do que você de fato acha que poderia sustentar.

Então devo começar mais forte a prova, já que eu aguento?

Não, não deve, por dois motivos:

  • Primeiro, porque mesmo que no começo uma intensidade pareça fácil, uma vez que a fadiga se instala, é difícil se recuperar dos danos que ela faz no organismo. Indo além da conta, você acumulará muito acido lático ou depletará sua reserva de glicogênio muscular antes da hora. E qualquer uma dessas causas, só passa com a diminuição considerável da intensidade de exercício. Você já deve ter experimentado isso na pele, começando uma série de tiros forte demais para não conseguir terminar a série. Ou se você é triatleta, provavelmente já pedalou forte demais em uma prova porque se sentia bem, para descobrir na corrida que você estava tão esgotado que mal conseguiu terminar a prova.
  • Numa série de treino, se você começar muito forte e quebrar, você não conseguirá gerar os mesmos benefícios no seu organismo se tivesse começado a série um pouco mais fraca e conseguido manter uma média melhor. Porque para o treinamento esportivo, é muito mais importante uma boa média na série do que o tempo que você consegue fazer no último tiro.

Dica: Use o seu relógio, frequencímetro, GPS ou monitor de potência para evitar de exagerar e não treinar de forma correta. Com o tempo sua percepção do ritmo irá melhorar muito o que irá refletir em treinos melhores e em competições mais rápidas.

O texto aqui publicado foi baseado no Texto Feel or the water – The Gradual Crescendo do site Swim Smooth

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