Os riscos à saude de correr uma maratona

As maratonas são exemplo de superação e por isso atraem cada vez mais participantes no mundo todo. Até aí, tudo bem, se não fosse pelo outro lado desconhecido da maioria das pessoas: existem riscos da maratona à saúde se a sua preparação não for adequada.

O The Wall Street Journal publicou uma matéria, afirmando que dos 60mil inscritos para a Maratona de NY, quase 15mil pessoas  não iriam largar a prova decorrentes de lesões e overtraining.
Para o maratonista, a derrota é ter que abandonar a prova no meio sem conseguir cruzar a linha de chegada. Mas parece que um regime de treinos puxados demais parece ser a razão para que alguns fracassem bem antes da largada da corrida.
Já escrevi aqui no Blog da Viiva uma série de artigos com duas partes sobre como melhorar o desempenho na maratona (Confira  parte 2 do artigo sobre como calcular o seu pace da maratona). Nos artigos em questão, abordei o treinamento, tática de prova e a forma de determinar seu ritmo ideal para correr a melhor maratona de sua vida.
Mas segundo o artigo do Wall Street Journal, os atletas machucados antes da largada da maratona podem estar assim devido ao regime de treinos nas semanas que antecedem a maratona.

A periodização para a Maratona

A periodização para a maratona deve ser individualizada. Nesse caso, infelizmente não existe receita de bolo. Sua programação de treinos para maratona deve ser feita de acordo com as suas características e seu passado esportivo.

De um modo geral, o tempo de preparação para uma maratona pode variar de 12-24 semanas para um atleta que já treina. Já para uma pessoa que está começando a correr, acredito que a preparação deva ser um projeto de no mínimo 1 ano, para se criar condições físicas para vencer os 42km com segurança. Apressar essas recomendações é colocar o seu organismo em risco para sofrer lesões.

 

A importância do Polimento para a Maratona

Para muitos atletas é difícil de entender, mas para ter um bom desempenho na prova é necessário que se faça o trabalho de polimento, que envolve a redução considerável do volume (e intensidade de treino) nas semanas que antecedem a prova para preparar o organismo para a corrida.
Muitos tem medo de perder o condicionamento conquistado durante os treinamentos, ao fazer o polimento. Mas é o polimento e o descanso que permitem que o atleta atinja o máximo de sua performance.
Outro ponto crítico é que muitos atletas superestimam a quantidade de treino que é saudável em sua rotina.

Como treinador, não considero normal um atleta (mesmo de alto nível) ter mais do que uma lesão por semestre. Mas minha opinião não deve ser compartilhada com muitos treinadores, já que vejo cada vez mais atletas machucados, com estiramentos, tendinites, problemas articulares, só para citar alguns.

Outra prova disso é que tem surgido cada vez mais recursos para fazer com que o atleta machucado consiga competir, como as bandagens funcionais que são cada vez mais presentes nas provas de triathlon e corrida. Competir machucado é uma prática que contribui muito para a diminuição da carreira esportiva do atleta.
Não sou juiz da vida de ninguém, mas cabe aqui informar os atletas para que cada um decida que caminho seguir no se programa de atividade física.

Bons treinos!

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