O que podemos mudar no dia da competição?

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Recebi a seguinte pergunta de um leitor: “gostaria de saber se eu estiver prestes a fazer uma prova de natação, e estou acostumado a nadar no modo crawl, se eu tentar nadar de um jeito que não estou acostumado ainda ira me atrapalhar em alguma coisa? Ou é melhor eu nadar do meu jeito do que ficar “inventando moda” e me sair mal na prova?”

Essa é uma boa pergunta. Ja escrevi outras vezes (
Erros mais comuns dos triatletas de primeria viagem,
4 coisas que todo o triatleta deveria se preocupar,  Táticas de Prova) afirmando que não devemos experimentar coisas novas às vesperas da competição.

Mas refletindo melhor, acho que tem sim, algumas situações que podemos (e devemos) arriscar coisas novas.

Nadadores de Piscina:

  • Para os atletas de piscina, tentar mudar o seu estilo pode ser um verdadeiro desastre. Por isso é recomendado nadar da forma com que você treina. Caso haja alguma mudança técnica a ser feita, isso deve ser posteriormente trabalhado nos treinos.
  • Em relação a tática de prova, procure passar num ritmo condizente com sua condição física atual, nada de tentar passar muito forte e depois se cansar demais e não conseguir voltar.
  • Em relação aos detalhes técnicos como saídas e viradas, nesse caso recomendo o atleta tentar focar toda sua atenção, pois esses são pontos que fazem muita diferença no resultado final da prova e dependem apenas da atenção do atleta.

 

Nadadores de Águas Abertas e Triatletas:

Em relação ao ritmo, a dica é a mesma que para os nadadores de piscina. Nada de tentar passar acima do ritmo que você sabe que consegue nadar. Principalmente nas provas mais longas, fazer uma passagem muito forte é um verdadeiro desastre.

Já em relação a técnica a história muda. Dependendo das condições da prova eu costumo adotar algumas variações da técnica de nado.

  • Águas Calmas: Quando nado em lugares onde a água é calma (e lisinha), como por exemplo em Pirassununga, meu estilo é mais parecido com o meu estilo de piscina, mais alongado e com uma frequência de braçadas um pouco melhor.
  • Água mexida (ondas, correnteza e vento): Nessas condições um estilo com uma frequência de braçadas mais alta, leva mais vantagem. Se você não sabe do que eu estou falando, deve ler o artigo A Nova Natação do Triathlon, onde eu descrevo essa técnica com detalhes. Mas resumindo, em condições difíceis, eu costumo aumentar minha frequência de braçadas e usar uma recuperação de braçadas mais reta. Outro ponto fundamental, é que nessas condições eu levanto a cabeça um pouco mais frequente para me orientar, pois com ondas ou correnteza é bem mais fácil perder o rumo e sair do percurso da prova.
  • Roupa de Borracha: Usado roupa de borracha eu adoto uma frequência de pernadas muito menor do que eu costumo usar na piscina (na piscina em ritmo de prova costumo usar uma pernada de 6 tempos). Com roupa de borracha eu costumo usar uma pernada de 2 tempos, pois a idéia é economizar o máximo das forças para sobrar mais para o ciclismo e a corrida.
  • Nadando na esteira: Nadando da esteira eu também tento economizar no número de pernadas, adotando um tempo de apenas 2 pernadas por ciclo. A não ser que eu esteja tentando acompanhar um pelotão de nadadores mais fortes, como nas provas onde nós amadores largamos juntos dos atletas de elite. Mesmo assim, não descuido da intensidade do exercício para não estragar as modalidades subsequentes.

 

Bons Treinos!

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