Atenas, o berço da civilização moderna!

Cheguei na Grécia extasiado após uma semana linda na Turquia! Então, a minha energia estava bombando! 🙂

Pela comunidade do forró eu fiquei sabendo de um brasileiro que havia se apaixonado por uma grega e lá foi viver! Entrei em contato com o Wellington, que mora mais ao norte de Atenas e ele me ajudou a achar um lugar para ficar em Atenas e recomendou alguns passeios. Fiquei na casa da prima da esposa dele, que se chama Kleopatra (estudante de sociologia) e sua amiga Stavroula (ok, se você mudar o R do lugar, e falar Stravoula, vai parecer com outra palavra que significa “cego”… Eu cometi esse erro algumas vezes e era só risada!! kkkkk).

Com as informações da Kleopatra no papel, cheguei no aeroporto, peguei o trem e fui para a cidade (sai a cada 30 min do aeroporto e leva cerca de 45 min para chegar até o centro). Desci na estação e tentei achar qual das ruas saía o ônibus que eu tinha que pegar… Isso já foi uma comédia, por que a galera só falava grego comigo!! kkkkkkkk Calma lá, ouvi alguém falando italiano, deixa eu ver se eu entendo e quem sabe posso usar minhas palavras soltas para me comunicar… Eita, que italiano complicado! Não entendi nada… hahahahaha O sotaque na Grécia se parece muito com o italiano e espanhol! Só que, é claro, você entende bulufas!

Foram quase 10 min para eu percorrer 4 ruas e achar o número do busão na tabela de horários!! Desci do ônibus, caminhei mais 4 quadras e pronto! Qual era mesmo o número do apartamento!??? Pqp, esqueci de perguntar esse pequeno detalhe… Sem internet no celular não tinha como mandar zapzap pra Kleopatra!! 🙁 essa parte demorou viu! Apertei vários apartamentos e um deles abriu a porta… Entrei e fiquei ali na esperança de alguma alma que falasse inglês aparecesse… Dois moradores desceram, um falava inglês mas não conhecia quem eu queria, e a outra achou que eu estava falando grego… rssss Voltei pra rua, e resolvi ir em direção aos restaurantes que eu havia passado próximos da parada de ônibus… Ao virar a esquina, vem uma menina correndo e perguntando se eu era eu… hehehe ufa, a Kleopatra ficou preocupada com o meu atraso e resolveu sair na rua!!! Santa providência!

Vamos lá então pros passeios, que de histórias engraçadas essa viagem tem um monte!! hehehe Comprei o ticket de transporte público para vários dias (acho que tem para 2, 3 e 5 dias), pois ficava mais barato e você pode usar para ônibus e trem quantas vezes quiser. No dia seguinte, fui até o ponto turístico mais importante de da cidade: Acrópoles! Aqui, me dei mal com a falta de informação e a boa vontade da mulher que estava na bilheteria: para entrar no complexo arqueológico que está a Acrópoles, você paga 20 euros e não te permite fazer mais nada… Após sair e tentar entrar em outras partes da cidade, eu fiquei sabendo que se tivesse comprado o ingresso de grupo que custava 28 euros, eu podia entrar em 8 ou 9 lugares… e cada lugar custava entre 5 e 8 euros… Fiquei chateado com o tratamento ao turista, mas não tinha mais o que fazer… Como não estou com a mala cheia de dinheiro, me contentei a visitar alguns lugares mais importantes e usar a lente da minha câmera (18-250mm) para tirar a foto dos parques que não pude entrar.

Bom, voltando para a entrada dessa região que envolve a Acrópoles… Gostaria muito que as minhas aulas de história na infância, tivessem sido ao ar livre naquele lugar. Minha memória começou a voltar no tempo e lembrar dos detalhes da sala de aula. Que lugar sensacional!!! As obras arquitetônicas, as esculturas, os trabalhos em diversos materiais e cores (não se engane que a Grécia é apenas colunas brancas de mármore!!) refletem muito a engenhosidade e capacidade intelectual daquele povo. Para chegar até o topo da cidade você passa por uma área grande de sítio arqueológico! Tem um teatro lindo e imenso em homenagem a Dionísio (deus do vinho e das festas) que entendi que ainda em algumas ocasiões especiais é utilizado. Esta parte é um dos lugares mais altos de Atenas e você consegue ver praticamente toda a cidade.

Nessa época do ano, já está com uma temperatura bastante agradável (acima dos 25 graus durante o dia e ao redor de 18 graus a noite). Então, é preciso roupas leves para caminhar e protetor solar, pois o sol é implacável! Após várias fotos de todos os ângulos possíveis (eu acabo fazendo muitas fotos e depois seleciono as que eu mais gosto…) chego ao topo do monte e dou de cara com aquelas colunas gigantes de mármore (brancas, meio rosadas, tons de cinza, amarelos…)!! Imagina eu ali sentado nas escadarias, ouvindo algum discurso do Platão, talvez o discurso O Banquete, do qual trata lindamente sobre o amor… Após um tempo de abstração e admiração, continuo a subir em direção ao Paternon e o templo Ecteion!

A cidade foi destruída de várias maneiras durante os séculos (incêndios, ataques de outros impérios e mais recentemente saques de outros países da Europa e EUA para levarem o seu souvenir…) mas ainda preserva uma parte importante das construções originais (pertinho dali é possível ir ao Museu da Acrópole, muito bacana, para ver as partes que foram restauradas e preservadas). Ali em cima você poderá passar um bom tempo, pois existem vários templos, além do Paternon: Ecteion, Atenas Nice, que são menores mas tão lindos quanto! Acabei aproveitando o tempo lá em cima para também fazer o meu novo planejamento, dos lugares que pareciam bonitos do alto. Os dois outros montes que ficam muito próximos e que eram utilizados juntamente com a Acrópole para defesa da cidade e a parte mais baixa, onde ficava o Ágora e outras construções.

Foram dois dias e meio andando pelas áreas históricas e pelos mercados de pulga (que são um barato, com todo tipo de coisa para comprar). Se você andar por áreas menos turísticas (10 a 15 min caminhando), você irá conseguir boa comida e por um preço justo (meu amigo Rodrigo Langeani, me perguntou se eu tinha comido arroz à grega em Atenas… rssss, não viu não velho!! hehehehe). Mas salada grega, sim!! É uma delícia o queijo feta que eles usam e sem contar as azeitonas deliciosas e o azeite, é claro! As cervejas locais são várias e baratas e com sabores variados: Fix, Mythos e Zeus (essa foi a que eu mais gostei além da Fix escura).

No quarto dia, aceitei a sugestão dos meus anfitriões e fui até a antiga capital, Nafplio para passar o dia. Cheguei na rodoviária 3 minutos atrasado e perdi o ônibus… Tive que esperar uma hora e meia para pegar o próximo! Aqui aconteceu algo interessante: tinha esquecido o cartão de memória da minha câmera no meu computador, após transferir as fotos… E agora? Fotos só do celular não vão ficar tão fantásticas. Comprar outro cartão de memória, seria jogar dinheiro fora… Voltar para a casa para buscar o cartão, eu perderia o dia inteiro. Aí foi que, após tomar o pior café do universo dentro da rodoviária, Eureka!! Lembrei que o meu celular tinha um cartão microSD e que talvez eu teria deixado o adaptador na mochila… Voilá!! E agora, como é que eu retiro esse cartão sem aquele alfinete…?? Usei meus 5 anos de engenharia e os filmes do Macgyver e resolvi o problema com a argola das chaves do meu pequeno cadeado…

Nafplio é uma cidade super pequena, mas super linda (parece uma mini Parati). Logo que você desce do ônibus (1h e meia de viagem), você vê uma fortaleza no alto de uma montanha e o porto! Estava morrendo de fome e fui comer pizza e tomar uma cerveja para aguentar a caminhada. Energias recarregadas, bora queimar a gordura (emagreci 5 Kg desde que deixei o Brasil)!! Perguntei para uma mulher no café como fazia para chegar ao topo e ela fez uma brincadeira: você pode ir voando!! hahahaha mas com uma risada tão grande que parecia uma amiga. Falou para eu ir caminhando pois o visual valeria a pena (são mais de 1200 degraus essa brincadeira) ou teria a opção de ônibus. Então tá, não estou fazendo nada mesmo! Comecei a subir e vi algumas pessoas descendo ofegantes… mas disseram que em 25/30 min eu chegaria! Levei um pouco menos (ainda parando para tirar umas fotos lindas, com uma praia ao fundo com água azul!!). Claro que as fotos foram apenas pela beleza e nada a ver com a necessidade de recuperar o fólego!! 🙂

Lá em cima, eu fiquei quase duas horas namorando a paisagem e pensando em um monte de coisas… A fortaleza, que parecia pequena, se mostrou enorme e cheia de boa surpresas! A parte principal estava cheia de turistas e estudantes. Ela foi construída no século XVII e foi alvo de disputas de vários impérios. Caminhando ainda mais em direção oposta à escadaria, eu fiquei sozinho por quase uma hora e pude meditar um pouquinho. Pronto, vamos voltar que a vontade de cair na água está falando mais alto!! Desci novamente as escadas (agora foi preciso um pouco mais de cuidado, pois as escadas são de uma pedra muito lisa… quase cheguei rapidinho à praia… rsss).

Tirei o tênis e fui verificar as condições normais de temperatura e pressão (CNTP na linguagem de um engenheiro químico… kkkkk). A água gelada, não me deixou nadar… Mas tirei algumas fotos e aproveitei a vista.

Hora de ir embora e fazer as malas para embarcar para a ilha de Kythnos!!

Até logo!!

Nota: selfie tirada com o celular, câmera de 13 mega pixels. Topo da fortaleza de Nafplio!

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