No artigo de hoje trazemos um Guest Post da Jornalista Bia Lelles com dicas de fotografias. Na verdade será uma série de dois artigos. Uma hoje e outro na semana que vem (Como fotografar suas aventuras).
O dia daquela viagem maravilhosa, que você vem aguardando há tanto tempo, está chegando. Por isso, você compra a câmera fotográfica mais cara, que promete fotos perfeitas, pois não quer correr o risco de ficar na mão na hora de registrar momentos inesquecíveis. Mas ao chegar de viagem e descarregar aquela batelada de fotos que você fez… Decepção! Poucas serão aproveitadas!
O que deu errado?
O que garantirá que um prego não entre torto é sua pontaria e não o martelo utilizado. As câmeras fotográficas são mais ou menos assim. É consenso entre os profissionais da área que o equipamento não faz o fotógrafo. O olhar, a sensibilidade, a criatividade e o bom senso é que vão proporcionar melhores fotografias para quem quer que se aventure nessa apaixonante arte.
Equipamento
- Pesquise antes de comprar: O primeiro passo é pesquisar muito antes de comprar um equipamento. A internet ajuda muito nessa hora, com seus infindáveis fóruns de discussão. Câmeras para uso doméstico não necessitam de uma quantidade exorbitante de pixels – aqueles pontinhos que, juntos, formam uma fotografia. Se você pretende apenas publicar suas fotos em sites de relacionamento ou imprimir em até 30×40 cm, cinco megapixels estão de bom tamanho. Aliás, para publicação digital é necessário menos de 2 mega.
- Se quiser levar a sério, considere um equipamento melhor! As câmeras evoluíram muito nos últimos anos e estão fazendo praticamente todo o serviço sozinhas. Mas se você quer capturar o momento da forma como o enxergou, com aquela luz específica, aquelas cores, então será melhor adquirir um equipamento que permita ajustes de velocidade (obturador) e abertura (diafragma) manuais. Eles permitirão que você manipule a imagem vista pela câmera, aproximando-a ao máximo daquela que você vê a olho nu.
- O flash é um recurso muito usado por fotógrafos amadores, mas nem sempre é boa solução para fotos em locais com pouca iluminação. O flash das câmeras domésticas é disparado diretamente no seu assunto, fazendo com que a imagem fique com aspecto achatado, ou seja, criando uma fusão entre o assunto e o fundo escolhido (primeiro e segundo planos). O ideal é que você procure a melhor situação de luz para aquele momento e só use o flash como última opção.
- Aprenda a trabalhar com o ISO: Aprender a trabalhar com o ISO da câmera pode ajudar muito em situações de pouca luz. Quando fotografávamos com câmeras analógicas – aquelas de filme – comprávamos filmes específicos para dias ensolarados (de baixo ISO) ou para fotos noturnas (de alto ISO). Esse recurso nada mais é do que a sensibilidade do negativo onde a imagem era gravada. As câmeras digitais não utilizam filme, mas o processamento da imagem é feito da mesma forma. ISO’s mais baixos, de 100 até 200, são indicados para fotos em situações de muita luminosidade. Já os altos, que passam dos 1600 nas câmeras profissionais, são para pouca luz. É importante lembrar que quanto mais alto o ISO, mais risco há da foto ficar “granulada”, cheia de pixels visíveis.
- Zoom Ótico: Não se encante com altos valores de zoom digital. Procure saber a quantidade de zoom ótico que a câmera oferece, de 3X até 30x, ainda que lhe pareça muito baixo. Os fabricantes anunciam um zoom total que inclui o digital, entretanto a aproximação da imagem através desse recurso gera ruídos e baixa qualidade na foto.
- Tamanho do cartão: O tamanho do cartão de memória também é importante, mas nem por isso é preciso exagerar. Um cartão de 4 MB comporta aproximadamente 600 imagens de uma câmera de 7 MP.
- Leia o manual da sua câmera: Por último, sempre leia o manual. Tudo o que você precisa saber sobre sua câmera está lá. Fóruns na internet, revistas especializadas sobre o assunto e muita, muita prática farão o resto. O ideal é que você faça algumas fotos de teste com seu equipamento, descobrindo como ele se comporta nas mais variadas situações de luz.
Bia Lelles é fotógrafa, escritora e cineasta. Ganhou por 2 vezes o “Programa Nelson Seixas de Fomento à Produção Cultural de São José do Rio Preto”. Bia Lelles também pode ser seguida no Twitter.
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