Roma, Florença e Pádua!

Saindo de Copenhague após o festival precisava de uns dias de descanso para recuperar a energia! Nada melhor do que ir para casa de uma amiga em Roma e poder tomar um bom vinho tinto. O plano inicial era apenas ficar uma noite, pois já havia visitado a cidade no verão do ano passado (o maior calor que eu peguei na Europa e segundo a internet foi o verão mais quente das últimas décadas!!! Meu tênis novinho descolou inteiro com o calor que estava! Hahahaha), porém o forró falou mais alto e aceitei o convite de ficar 2 dias para dar uma aula.

Desta vez fiz pouco turismo na cidade e dormi muito! Então vou escrever pouco desta parte! Porém desta vez minha percepção foi muito diferente, pois estava na casa de uma autêntica romana com amigos italianos! No primeiro dia fui recebido com uma macarronada carbonara e a minha vontade de aprender sobre culinária me permitiu aprender um pouco: coloque sal mas não coloque óleo na água! O óleo você adiciona um pouco após escorrer a água. Espere o ponto correto (essa parte eu vou ter que nascer novamente na Itália para entender qual é o ponto correto deles, pois para mim parecia ainda cru… mas deu certo! No final estava muito bom).

Então, sentamos na mesa e aquela fartura de coisas: berinjela assada, salada, carne e duas variedades de macarronada. Tinha na mesa outro brasileiro e os demais todos italianos. Esperei que se servissem e como ninguém pegou macarronada, eu fui lá e pá: um pouquinho de cada no pratão, pois estava faminto!!! O outro brasileiro achou que eu sabia do protocolo italiano e mandou ver também, me seguindo… Segundos depois, incomodado com a cena, eu me antecipei: a gente fez alguma heresia, né?! “É que aqui na Itália a gente não mistura as coisas não… mas a gente conhece bem o Brasil, então tudo bem!” Depois dessa autorização formal, não tive dúvida: enchi o prato novamente!!! hahahaha

O que seria uma estadia de dois dias, passou a ser 6 e dei 3 aulas na semana. Fomos numa exposição fotográfica e lançamento do livro de um ganhador do worldpress, Ricardo Venturi (http://www.riccardoventuri.com), que retratou algumas guerras e desastres naturais, como o terremoto do Haiti… Minha amiga, a mesma que fez a apresentação comigo no festival de Copenhague, que também é fotógrafa, havia trabalhado com ele um tempo atrás. De lá, famintos, fomos claro comer sushi!!! Não, nem só de pizza e macarronada vivem os italianos! 🙂

No último dia, fui convidado para conhecer as piscinas termais próximas a Roma, (por alguma razão desconhecida a temperatura caiu de forma não prevista e de noite estava por volta dos 18 graus). É uma viagem curta de uma hora e que vale a pena! O lugar das piscinas naturais é famoso, mas pouco sinalizado! Então imprima a rota correta, pois o gps irá falhar!! Fomos as 21h e voltamos para Roma a meia-noite. A piscina tem um cheiro muito forte de enxofre e uma água bastante quente (temperatura igual às piscinas de Caldas Novas em Goiás). A infra-estrutura do lugar é pequena, então tenha certeza de levar tudo: água para beber, toalhas para sair da água e comida leve!

De Roma fui até Florença para passar o dia e depois seguir viagem até Pádua. Fiquei realmente muito pouco e esse não era o plano inicial… Mas como foi uma decisão minha, não posso reclamar. Deixei minha mala e mochila no guarda volumes da estação de trem e comprei por 20 euros aquele passeio de ônibus que você pode percorrer a cidade inteira num ônibus panorâmico e que você pode descer e subir quantas vezes quiser (eu nunca tinha feito isso, mas para o pouco tempo que eu tinha, foi a melhor opção). Florença é linda, pequena e charmosa! Fomos primeiramente para a parte antiga da cidade e para Fiesole que fica nas montanhas e teve uma disputa econômica e política com Florença por muitos anos. De lá é possível ver toda Florença e ter uma noção da sua dimensão!

Vou ser xingado aqui, pois não pude visitar nenhum museu… Mas é a verdade! Toda a parte cultural produzida e/ou armazenada pelos mais famosos artistas do mundo merecerá uma nova visita de minha parte.
Outra parte indispensável desse meu passeio curto foi a praça Michelangelo, que permite ver a cidade de um ponto mais alto, mas não tão distante como a cidade velha no alto da montanha. Após tirar dezenas de fotos, quase indo embora, eis que encontro 2 Ferraris vermelhas estacionadas e alguns homens com camiseta e bonés da marca. Curioso como todo bom viajante e muito interessado em carros esportivos, fui lá para ver o que era… Quem sabe poderia ter sido um sorteio!?

Minutos depois e uma sessão de barganha de preço, entro no sonho de consumo de qualquer maluco por velocidade: Ferrari Spider 458!!! 570 cavalos de raça (uma mistura de puro sangue inglês com sangue árabe!!!). Foram 10 minutos andando pelas ruas fora da cidade, podendo acelerar até 120 km/h em pequenos trechos, mas sentindo o motor em arrancadas e ultrapassagens… Até me arrepia de pensar nisso! Gravei um vídeo que eu postei no youtube sobre essa acelerada fantástica.

Terminado o passeio relâmpago em Florença, peguei o trem para Pádua, onde me esperavam um casal super simpático e que estavam organizando meu workshop na cidade. Fomos até a casa deles, tomar uma ducha e comer (nessa viagem eu comi macarronada de todas as formas e tipos). Desta vez, eles me fizeram um fusili ao molho de azeitonas! Estava uma delícia e com vinho branco local, claro!

A minha aula em Pádua foi um barato: imaginem uma casa de shows, estilo embalos de sábado à noite com John Travolta, e gigante!?? Então, é mais ou menos isso. Eu não esperava, mas foram mais de 50 pessoas na aula de todas as idades e níveis (isso dificulta bastante para montar uma aula, mas também te da liberdade em trabalhar ritmo e alguns passos básicos importantes…). Depois da aula, a organizadora do forró em Milão que veio nos ajudar, fez a discotecagem! Para terem uma ideia do tamanho do lugar: enquanto fizemos nossa festa com uns 100 pessoas no total e com espaço sobrando para mais umas 300, no salão a frente (separados apenas por uma parede de vidro) tinha outra festa acontecendo com música ao vivo e lotado!!

Pádua é uma cidade que tem uma história que remonta 1000 anos!!! Fizemos um passeio no dia seguinte na praça principal da cidade, onde tinham uma feira super bacana de comida de vários países! Nos matamos de comer um pão fresquinho que parece um rocambole oco, coberto por açúcar e canela!! Como esse dia estava chovendo e um pouco frio, voltamos para casa logo e aproveitei para descansar um pouco mais!
Vou me despedir agora e para não deixar vocês tão cansados, continua minha história sobre Veneza e Milão no próximo post!!

Um beijo para todos e até a próxima!

Nota: detalhe de uma das pontes de Florença, que mais parece um amontoado de casas suspensas! Camera Canon T5i, lente 18-250 mm, esposição automática.


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