Mãos a obra: praticalidades antes de embarcar em uma viagem sabática!

Decidido então que iria sair e viajar pelo mundo! Comecei de imediato o planejamento prático, pois o prazo para iniciar havia sido determinado e não iria ser mover.

A primeira coisa que eu fiz, foi abrir o mapa na internet e localizar onde eu tinha contatos. Desta forma, mesmo que fosse um local conhecido e não tivesse interesse de visitá-lo novamente, eu poderia sempre usar como um apoio logístico ou emergencial. Como possivelmente meus amigos poderiam não estar mais nos mesmos lugares que haviam reportado meses ou anos atrás, enviei sinal de fumaça dizendo sobre meus planos e possíveis datas. Postei um texto sobre a minha aventura e em menos de um dia chegaram mensagens de boas vindas de todos os cantos do mundo (e com elas, o oferecimento para ficar em suas respectivas casas!).

O meu sabático seria um tempo para pensar e conhecer mais o mundo (segundo a ONU são 193 países e até então eu conhecia apenas 34). Dentro deste plano, eu também resolvi incluir alguns assuntos de muito interesse: dança e yôga. Fiz uma extensiva busca pelos principais festivais de forró e salsa pelo mundo e daí surgiu o ponto de partida: Festival de Forró de Londres (exatamente 35 dias após ter tomado a decisão!). Resolvido o itinerário dançante, após dias pesquisando sobre como melhorar meu conhecimento sobre yôga, me convenci que o melhor seria fazer um curso intensivo e longo na Índia de 4 semanas.

Esse plano já estava começando com tudo que precisava: ficaria na casa de amigos kiwis que não os via há 12 anos, me daria a oportunidade de conhecer um pouco mais essa cidade linda (a única vez que tinha ido a Londres, foi apenas um final de semana) e festivais te possibilitam fazer contatos e amizades duradouras.

Foi preciso criar uma planilha de excel para me organizar com inúmeras colunas: Local / Data de chegada / Data de Saída / Dias no Local / Visto / Festival ? / Custo de Passagens / Custo de transporte local / Custo de alimentação / Custo de Hospedagem / Observações.

Com as datas dos festivais tentei fazer uma viagem mais orgânica possível (ou seja, não ficar cruzando o mundo sem uma lógica geográfica). Obviamente tive que abrir exceções e algumas vezes o próximo destino parecia bastante confuso (como o festival de forró de Copenhague que fui convidado para dar aulas em Abril e basicamente vou sair da Grécia e depois voltar para a Itália).

A quantidade de dias em cada lugar foi um resultado de pesquisa na internet sobre os pontos turísticos e também depois de ouvir a opinião de amigos e pessoas que tinham um estilo de viajar parecido com o meu. Com alguns sites eu consegui ter uma boa estimativa do custo que um turista teria na média, para os principais gastos: alimentação, transporte do aeroporto até o lugar de hospedagem, transporte dentro da cidade (alguns lugares vale a pena comprar o cartão semanal de que dá direito de usar ônibus, trem e metrô quantas vezes quiser). Para os lugares que não tinha nenhum amigo ou conhecido para ficar hospedado, eu usei os sites de hostels e alugueis por temporadas e fiz uma estimativa média do valor da diária. A seguir, disponibilizo o site que estou utilizando para saber um pouco mais sobre as cidades/países que estou indo visitar (http://www.priceoftravel.com/).

Já no primeiro destino, Londres, tive que fazer alguns ajustes importantes: havia esquecido de considerar o custo de algumas atrações turísticas (museus, parques…) e também de alguns gastos como bebida alcoólica e festas não planejadas. Ao final, como os gastos de alimentação foram todos estimados com uma média alta e alguns dias (entre um evento e outro) você acaba decidindo comer em um fast food (ou acorda muito tarde após uma noite longa de baladas e acaba não gastando nada com o café da manhã, rssss ), consegui manter o custo dentro do planejado (com uma diferença de 50 Euros a menos), o que é um alívio e um indicativo que minha margem de erro era aceitável.

Com o itinerário decidido, os custos estimados e dentro do que eu podia gastar, o próximo passo foi decidir o que levar na mala (foram dias conversando com outras pessoas que fizeram longas viagens…). Não é uma tarefa fácil: ficar longe de casa por 1 ano e ter que deixar a maioria das suas roupas, sapatos e objetos pessoais para trás. Porém tive que usar da racionalidade e lógica: carregar muitas malas ou malas super pesadas seria nada prático ou até mesmo me custaria muito mais (vários voos na Europa permitem apenas bagagens de mão ou você precisa pagar um extra para despachar outra mala).

Com o itinerário em mãos pensei primeiramente nas condições meteorológicas que iria enfrentar: frio intenso no início (Londres fez alguns dias -5 oC) mas não poderia levar vários casacos e são as roupas que mais ocupam espaço. Como já tinha viajado para lugares muito frios anteriormente, dispunha do essencial (quando se viaja por muito tempo, devemos esquecer a vaidade e aceitar que vamos usar talvez a mesma roupa várias vezes na semana). Decidido isso, o restante foi mais fácil: algumas calças jeans, uma calça térmica para usar por baixo, camisetas e algumas camisas para alguma festa um pouco mais arrumadinha, meias, cuecas e o básico para o banho.

Detalhe importante: pense no caso se você ficar doente, o que iria fazer no primeiro momento? Procurei um médico e fiz um kit de primeiros socorros: cada um deve procurar o seu médico e pedir orientação (não vou prescrever nada aqui para não gerar polêmica, pois não sou médico e não pretendo ser). Também não se esqueça de contratar um seguro de saúde internacional para o período da viagem (na Europa o plano de saúde deve cobrir emergências com o valor mínimo de 30 mil Euros). Os planos podem ir de R$ 4 mil até R$ 25 mil…

Em breve trarei um pouco mais sobre os lugares que já passei neste meu primeiro mês sabático!

Um abraço a todos!!

Gostou de nossos artigos e quer recebê-los por email? É só clicar aqui!


Publicado

em

por

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *